Ao demitir Ramon Menezes, a diretoria do Vasco indica precisar de uma bússola, assim como o heroico português do tempo das navegações.
Tirar Ramon Menezes do cargo indica não entender o momento atual do Vasco, de onde se sai e onde se quer chegar. Se dependesse de Alexandre Campelo, o Vasco da Gama chegaria ao fundo da terra, mas jamais às Índias.
O presidente e seus dirigentes parecem acreditar que o Vasco poderá vencer o Flamengo, depois de quinze jogos de jejum, por uns 3 x 0, provavelmente com gols de Ademir de Menezes, Friaça e Roberto Dinamite.
Só que o Vasco tem, hoje, Andrey, Talles Magno, Benítez e Germán Cano. E não é por culpa de Ramon Menezes.
O Vasco sabia ter uma semana difícil, com jogos contra o líder do Brasileirão, Atlético, em Belo Horizonte, Bahia, em Salvador, e clássico contra o Flamengo.
Ramon pode cometer erros. É o normal, para um treinador jovem, escolhido pela diretoria. Mas o Vasco está em décimo lugar pelos méritos de seu treinador e pelos erros históricos de sua diretoria.
O Vasco merece muito mais do que isto.