Essa história de candidatos – ou pessoas ligadas à possíveis chapas que concorrerão no próximo pleito no clube – pagando mensalidades para novos sócios em troca de votos é velha e já foi comentada por aqui há mais de quatro meses, depois que a coluna “Futebol, Coisa & Tal“, do jornal Extra denunciou a prática. Depois de tanto tempo o assunto volta à baila, com um número ainda maior de novos sócios envolvidos.
No post “Punição nas Urnas“, do dia 13 de junho, dei minha opinião sobre o assunto. Já que a história é a mesma, meu ponto de vista continua o mesmo. Resumindo, para os que não quiserem clicar no link:
O Estatuto não prevê esse tipo de situação e como, via de regra, na hora de punir internamente quem faz algo de condenável no clube nada acontece, descobrir quem fez ou quem deixou de comprar sócios/eleitores não vai render punição nenhuma.
Bancar mensalidades de milhares de sócios durantes meses à fio custa muito dinheiro. Os “investidores” que gastaram essa grana certamente vão querer um retorno. E como a Presidência do clube é um cargo não remunerado, de onde virão os recursos para pagar essa dívida? Um doce para quem adivinhar…
Um torcedor de verdade não pode escolher, para presidir o clube que ama, alguém que use desse expediente para vencer um pleito. Comprar votos só teria um resultado prático para qualquer vascaíno sério: mostrar em quem NÃO votar.
Se você é um desses sócios bancados por candidatos, lembre-se: na hora de votar, é você e a urna. Quem ama o Vasco vota no melhor candidato e não no que lhe traz mais benefícios pessoais.
Rafael Vaz divulgou uma nota na qual desmente que esteja caindo na gandaia e explica seu chá de banco de forma direta: “Por opção do treinador, não venho recebendo muitas oportunidades no Vasco“.
Parece óbvio, já que quem escala ou barra um jogador do time titular é o técnico, que o sumiço do Vaz seja uma decisão do Dorival. Não são óbvias as razões apresentadas, que aliás nem merece o plural, já que a única justificativa para a barração seria o lado de campo em que o zagueiro joga. O problema é que isso só explicaria a permanência do Vaz na reserva nesse último jogo e não esse longo período na geladeira. E na verdade nem explica, já que Renato Silva acabou atuando contra o Criciúma pela esquerda, assim como o próprio Vaz.
Talvez o Dorival não seja mais claro ao explicar a situação do Rafael para preservar o jogador, talvez seja porque a sua justificativa deixaria a torcida ainda mais irritada (caso não concorde com a opinião). Mas ficar nesse mistério, enquanto não há um zagueiro que seja unanimidade entre todos, é a pior decisão. Se o problema não é disciplinar, que o Dorival venha a público explicar qual é o problema com o Vaz afinal.