Bastou perder para o Madureira na estréia da Taça Guanabara, por 2 a 1, e rapidinho o Vasco anunciou a contratação de Edmundo, negócio que vinha se arrastando há algum tempo.
Romário, Edmundo, Beto... A sensação é a de que o Vasco, como um parafuso em porca desgastada, gira em torno de si mesmo sem sair do lugar.
Pode ser que Edmundo entre no time e dê aquele toque de qualidade, num ou noutro jogo, pois ainda tem bola pra isso, como provou em sua recente passagem pelo Palmeiras, logo após sua chegada ao Palestra Itália.
Mas, a idade e as circunstâncias sugerem que não terá pernas para cumprir todo o caminho que leva à redenção.
Aliás, o próprio Vasco, que até nem foi tão ruim assim contra o Madureira, embora jogasse muito aquém de suas tradições, pode, em meio ao campeonato, levantar a crista e até cumprir uma campanha razoável. Já fez mais ou menos isso no Brasileirão.
Todavia, para voltar à vanguarda do futebol carioca e brasileiro, carece de uma profunda transformação no espírito de sua gestão: é preciso o Vasco olhar além de suas limitações atuais. Pra frente, não pra trás.