Em seu primeiro jogo como dublê de técnico e jogador, o Peixe, mesmo debaixo d’água, não conseguiu levar o Vasco às semifinais da Copa Sul-Americana, embora o time tenha mostrado um bom futebol, pressionando o adversário ao longo de praticamente 90 minutos. Romário atribuiu a si próprio a nota oito pela atuação. A vitória de 1 a 0 não foi suficiente. As muitas chances desperdiçadas pela equipe carioca acabaram garantindo a vaga da equipe mexicana.
Sem outra opção, o Vasco entrou disposto a atacar. E não demorou a aproveitar-se da postura defensiva do América, que não soube jogar recuado, permitindo ao adversário abrir o placar logo aos dez minutos, com Leandro Amaral, e criar pelo menos outras quatro grandes oportunidades, a melhor delas numa cabeçada de Alan Kardec que Ochoa defendeu de forma espetacular.
Na realidade, não fosse o goleiro e o time carioca teria garantido a vaga ainda no primeiro tempo.
E embora tenha deixado evidente que não sabe jogar recuado, o América voltou com o mesmo esquema, sem acertar sequer um contra-ataque.
Assim, o Vasco, que marcava bem a partir da intermediária, seguiu forçando o jogo. O campo pesado, no entanto, fez o time diminuir o ritmo.
Assim, Romário trocou Leandro Bonfim por Marcelinho, na tentativa de dar maior movimentação ao meio-campo, substituindo na seqüência Alan Kardec, convicto de que sua experiência poderia ser fundamental, principalmente na grande área. Para completar, sacou Rubens Júnior e pôs Enílton.
O Vasco cresceu e voltou a pressionar, enquanto o América dava chutões para todos os lados, permitindo que o adversário continuasse a ameaçar, dado que tinha sempre a posse de bola. No final, enquanto o América tentava tocar a bola e promovia mudanças para fazer o tempo passar, a equipe do Rio, visivelmente esgotada pelo esforço, passava a acreditar num milagre, que acabou não acontecendo.
Vale dizer, como consolo, que o Vasco mostrou uma atitude bem distinta dos jogos anteriores.