É comum o torcedor apaixonado ao perceber momentos difíceis de seu time, sugerir o nome de ídolos para a presidência do seu clube. Roberto Dinamite, ídolo, vascaino confesso, talvez seja o mais recente exemplo desse fenômeno. Nada a ver o fato de um dia ele ter massacrado o Corinthians com 4 gols numa tarde memorável. Isso é do jogo. Tem a ver sim, minha torcida para que ele tivesse sucesso absoluto, para servir como exemplo de uma virada nos conceitos de quem pode e deve ser presidente de um grande clube no Brasil. Roberto pegou um Vasco destroçado administrativamente e atolado em dívidas. Esta sendo difícil fazer gestão com paixão e ainda saber lidar com a política clubística, coisa difícil para ele que passou a maior parte da vida ocupado em fazer gols.
Hoje, foi mais um dia angustiante para Roberto Dinamite. Depois de ver seu time passar pela série B, jogar medianamente o brasileirão, apostou em alguns craques e assiste a 3 derrotas consecutivas, para equipes pequenas, no campeonato carioca. Então, dispensou o treinador P.C.Gusmão ( talvez o menos culpado) e afastou os craques problemas Carlos Alberto e Felipe, bem às vésperas de um clássico contra o badalado arquirival Flamengo.
Não há milagres a fazer, nem dinheiro para gastar. Ouso dizer que o destino do Vasco está nas mãos da sua torcida. Esta é a hora de apoiar o time incontestavelmente e aprovar sem discutir qualquer medida tomada pelo presidente. É a hora de uma limpeza geral ( não falo do time) nas coisas do Vasco, mesmo que isto faça crescer a oposição política. Um dia Dinamite deixará o Vasco e nesse dia ele precisa dizer que não passou pelo Vasco, mas viveu pelo Vasco.
Aos vascainos e aos colegas da imprensa esportiva do Rio de Janeiro, peço antecipadas desculpas por vir dar palpite em clube carioca, longe da cidade em que vivo e conheço os clubes. Mas, escrevi este texto, por achar cabível neste momento.