*Texto do repórter João Matheus Ferreira
Muitos falam que final não é para jogar. É para ganhar. Isso pode até ser uma verdade. Mas, para vencer, tem que ser, no mínimo, inteligente. E isso o Vasco não foi nem um pouco no clássico de ontem. Principalmente no segundo tempo. O que se viu, foi pouco futebol e ânimos exaltados até demais. A expulsão infantil de Everton Costa é um exemplo claro disso.
Um jogador profissional não pode levar dois cartões daquela maneira. Um por simular um pênalti e outro por dar uma entrada desnecessária no adversário. Com essa atitude, Everton acabou dando uma injeção de ânimo maior para um Flamengo que já estava renascendo no jogo.
Mas ele não foi o único que estava exaltado na partida. O time todo do Vasco estava assim. E esta mistura de nervosismo com agressividade foi prejudicial à equipe. Para o jogo da volta, é bom que as palavras do técnico Adilson Batista, sobre ter o controle da posse de bola e jogar com inteligência, não fiquem apenas no discurso na véspera da partida. Afinal, o Cruz-Maltino precisa vencer para ser campeão carioca.
Aos vascaínos mais otimistas – e também supersticiosos – o roteiro da semifinal também foi assim. Empate no jogo de ida e necessidade de vitória na volta. Naquela vez, conseguiu êxito. Mas, para ser campeão, será preciso jogar mais. E aí, sim, ganhar.