O futebol caminha para novos rumos. O profissionalismo atingiu um nível tão alto que contratar dirigentes virou um bom negócio. Afinal, são eles os responsáveis por traçar o planejamento da equipe, administrar as finanças e, entre outras atribuições, gerir o futebol e o clube em geral.
Nos tempos atuais, o futebol não se limita às quatro linhas do campo. É preciso ter profissionais com visão empresarial, que saibam cuidar da organização de um clube. Por conta dessa necessidade, surge uma nova categoria no mercado, formada por profissionais especializados no assunto.
O Vasco sai na frente ao acertar com Rodrigo Caetano, grata revelação do Grêmio. O investimento é caro, mas mostra que o clube quer realmente se estruturar profissionalmente. Acerta em cheio ao trazer um cara jovem, com novas idéias e capacitado.
O dirigente chega para ser o gestor de futebol do Vasco pelos próximos dois anos. Seduzido pela proposta de se consolidar na área e ganhar visibilidade no mercado, Caetano explica o trabalho que exercerá no clube Tive uma oferta do Vasco para liderar um projeto de reestruturação. Onde, claro, estou tendo uma compensação financeira e a liberdade de assumir um projeto. Deixo de ser funcionário para me tornar um profissional da área.
Rodrigo Caetano, 38 anos, chegou ao Grêmio em 2005, como coordenador das divisões de base. Reformulou as categorias inferiores e obteve sucesso. Em pouco tempo, assumiu o posto de diretor-executivo do clube e reorganizou o departamento de futebol. Em três anos com Caetano frente à coordenação da equipe, o tricolor gaúcho faturou quase R$ 100 milhões em venda de atletas revelados pelo clube. Nada mal.
O Grêmio rapidamente agiu e repôs a perda do dirigente. O tricolor gaúcho anunciou Mauro Galvão como novo diretor-executivo. Recentemente, o Fluminense também se movimentou e trocou Branco por Alexandre Faria, do Atlético Mineiro, na coordenação de futebol do clube. E por falar em Galo, o time também se mexeu e repatriou Bebeto de Freitas, ex presidente do Botafogo, como diretor-executivo.
O mercado está aquecido. Os especialistas cada vez mais ganham espaço. E, aos poucos, eles irão se estabilizar e decretar o fim da era dos cartolas no futebol brasileiro. Já vão tarde