Por: Bruno Formiga (@brunoformiga)
Um comando de verdade funciona até mesmo à distância. Vai no embalo de um trabalho claro e entendido. O Vasco de Ricardo Gomes está assim. Parece nem precisar mais de ordens. Está afinado.
Contra o Ceará era evidente que o time entraria em campo para honrar o treinador. Mas o Vasco foi além. Mostrou comprometimento e competência. Estratégia e improviso. Se perdesse, seria pelo abalo. Se vencesse, pela superação. Mas goleou, pela qualidade.
Qualidade de um trabalho sólido, que não sentiu as ausências de Fágner, Anderson Martins ou Felipe. O Vasco de hoje tem peças que funcionam numa engrenagem em ritmo constante.
Em São Januário, a equipe foi dominante o tempo todo. Finalizou em 25 oportunidades, viu Fernando Prass trabalhar apenas duas vezes e fazer uma lambança. Contou ainda com um inspirado Élton e um Éder Luis endiabrado.
No Ceará, Osvaldo, o único capaz de surpreender a defesa cruzmaltina, esteve discreto e bem marcado. Acabou recuando para ajudar na cobertura de Vicente e tentar tapar um lado esquerdo altamente vulnerável os 90 minutos.
Vágner Mancini, à beira do campo, nada pôde fazer. Ricardo Gomes, no hospital, mesmo de longe, deve ter sorrido discreto. Seu trem bala está no piloto automático. E muito bem, obrigado.