Odair Hellmann confirmou a saída do Fluminense. Lembre-se de que, das 21 mudanças de treinador no Brasileirão, 17 foram provocadas por decisão dos clubes. Hellmann era um dos cinco técnicos desde o início do campeonato, um dos três heróis no cargo desde janeiro. Os outros são Renato Gaúcho, há quatro anos no Grêmio, e Fernando Diniz, há 14 meses.
De todos os catorze clubes que mudaram de treinador nesta temporada, nenhum melhorou efetivamente. Tem evolução curta. O Bahia saiu de 15o lugar com Roger Machado para 13o com Mano Menezes, o Corinthians saiu de 13o lugar com Tiago Nunes, caiu para 17o com Dyego Coelho e subiu para 11o com Vágner Mancini.
Mas ninguém muda de objetivo na tabela.
O Vasco mudou.
Quando demitiu Ramon Menezes, o time estava em décimo lugar. Dois jogos com Alexandre Graselli e Sá Pinto assumiu em 15o.
Mas o Vasco é um caso particular, por causa da frase do presidente Alexandre Campello, ao tentar justificar a troca de técnico, sem fundamento: "Qual seria o momento? Quando estivesse na zona de rebaixamento?"
Há dois anos, o Vasco tinha 24 pontos na 24a rodada, igualzinho. A outra coisa igual era o presidente: Alexandre Campello. O treinador era Alberto Valentim. Dá noção de que o problema central nem sempre é o treinador.
Sá Pinto faz o que pode e tenta quebrar velhos vícios no vestiário. Pode sair da zona da degola e não é o caso de trocar de técnico outra vez. O problema do Vasco não é a sequência de maus treinadores, longe disto. É a sequência de maus dirigentes.