É verdade que o time que tem representado o Vasco no Brasileiro da Série B é apenas sombra do que se imagina ser o Vasco.
Vejamos o cenário:
Desfalques dos principais jogadores, retorno de alguns notadamente sem ritmo, logística mambembe, empobrecimento econômico, desalinho em sua política interna e esvaziamento moral...
Como se vê, não são poucas as justificativas para atuações tão desonrosas do time que o técnico Adílson Batista tem levado a campo nesta "Brazilian Second League" da CBF _ é preciso um pouco de charme nesta agrura.
Mas ainda que se relativize a mediocridade vascaína há um tanto de responsabilidade do técnico que precisa ser cobrada.
A miopia na escolha das peças para a escalação do time tem chamado tanto a atenção, que por vezes parece proposital.
Estará Adílson Batista querendo pular fora do barco quando insiste em escalar o time com três volantes?
Estará Adílson Batista forçando um mal-estar com a torcida quando insiste em fazer de Felipe Bastos a referência de qualidade do meio-campo?
Estará Adílson Batista se oferecendo ao mercado ao ridicularizar o futebol do jovem Montoya para defender a importância do experimentado Reginaldo?
Estará Adílson Batista imaginando ser mais importante do que o próprio clube ao não reconhecer seus erros, sua miopia e sua possivel limitação?
Não acho que o Vasco deva pensar em trocar de técnico _ pelo contrário, acho que o técnico deva ser ajudado.
No entanto, espero que seja cobrado dele a performance à altura de sua estimada competência.
Apesar de todas as mazelas que apequenam o Vasco, é preciso que ainda exista em São Januário alguém que mostre o tamanho de sua responsabilidade.
Caso contrário, será mais um Dorival Júnior, um outro Paulo Autuori, talvez um René Simões, a atravessar os portões de São Januário como vítima.
Como os outros, clpará a caravela do almirante e se queixará do mar bravio...
Mas será incapaz de assumir que não soube navegar...