SÃO PAULO 5 X 1 VASCO.
Muricy Ramalho não poderia escalar o time que treinou na terça-feira.
Uma mudança era certa: Mineiro foi para Seleção Brasileira. Outra era possível: Aloísio, que não havia atuado nos úlimos seis jogos por lesão muscular, poderia sentir algo no dia seguinte a um treino mais forte.
Ligo para a assessoria do São Paulo, para saber se houve mudanças na relação de jogadores anunciada na véspera, para dar mais opções a Muricy. O clube informa que não. A lista, que tinha 19 jogadores, ficou com um a menos, Mineiro, e só.
A relação tinha apenas 3 zagueiros, garantia de que o São Paulo jogaria no 4-4-2. Aloísio estava bem, iria para o jogo.
O que Muricy faria no meio-de-campo?
Ele tinha duas opções: substituir o volante titular por outro volante (Richarlyson, Ramalho) ou...
...ousar.
E Muricy resolveu ousar, com Souza.
Chamou-o para uma conversa e mostrou que ele seria o substituto de Mineiro, na função, pois Thiago seria o substituto na escalação.
Ninguém esperava por isso, nem mesmo os jogadores. Fabão disse que, quando viu o time que começaria o jogo, estranhou. Mas gostou.
Com um atacante a mais, o São Paulo já estava vencendo por 2 a zero, aos 15 minutos.
Não deu tempo de haver dúvida em relação a quem ganharia o jogo, que ficou ainda mais tranquilo para o líder do campeonato quando o Vasco perdeu o estreante Leandro Amaral, expulso.
Bobagem do árbitro Sérgio da Silva Carvalho, que resolveu dar cartões amarelos para Leandro (o segundo, por isso a expulsão) e Fabão, por causa de um desentendimento corriqueiro. Excesso de rigor que só não foi mais prejudicial ao jogo porque o placar já estava 3 a 1. Mas não diminui o erro.
O Vasco esteve longe de ser o time perigoso fora de casa, que conseguiu vencer o Internacional no Beira-Rio, o Grêmio no Olímpico e o Santos na Vila Belmiro.
A vantagem do São Paulo permanece intacta, e o Campeonato Brasileiro está uma rodada mais perto do fim.