Opinião: "Pênalti salvador"

O jogo estava complicado, o Vasco perdia gols sem parar e o empate já irritava a torcida quando o time lançou mão de uma de suas melhores armas na temporada: o pênalti. E foi através de uma falta claríssima em Wagner Diniz dentro da área, aos 38 minutos do segundo tempo, que Edmundo marcou o gol da vitória de 1 a 0 sobre o Criciúma e garantiu a vantagem para a partida de volta, na próxima semana, em Santa Catarina.

O primeiro tempo da partida daria sono não fossem duas chances desperdiçadas, uma de cada lado.

Com Edmundo no banco e cinco pratas da casa em campo, o Vasco até dominava as ações, mas dava espaços para contra-ataques do Criciúma.

Num deles, Jean Coral parou nas mãos de Tiago, que espalmou a bola.

Em seguida, Alan Kardec, na pequena área, chutou em cima do goleiro Zé Carlos. Perdeu o gol e a chance de disputar o segundo tempo.

Na volta do vestiário, Antônio Lopes lançou Edmundo no lugar de Kardec e fez o Animal jogar enfiado, com Morais e Jean abertos nas pontas. Some-se a isso a expulsão de Luiz André com um minuto de bola rolando e o resultado foi um bombardeio vascaíno ao gol do Criciúma. Mas, para desespero da torcida em São Januário, foi a vez também de um show de gols perdidos.

Primeiro, num chute de Jean de fora da área, defendido pelo goleiro. Depois, o mesmo atacante driblou um, dois, três adversários, mas não conseguiu passar pelo goleiro Zé Carlos. Mas o Vasco insistia. Na primeira chance que teve, Edmundo recebeu de frente para o goleiro, ajeitou e chutou.

Para fora. Depois, livre, errou uma cabeçada fácil. Mas aos 38, Marcelo Rosa, do Criciúma, provou não ter visto os vídeos do Vasco neste ano.

Sem dó nem piedade, ele atropelou Wagner Diniz pela direita, na grande área. E Edmundo, embora tenha ficado fora da lista contra o Fluminense, mostrou ser ele o cobrador oficial. Bola debaixo do braço, ele bateu o 15o pênalti do Vasco em 23 partidas no ano. Paz momentânea na Colina.