O falecimento de Sócrates tirou parte da alegria dos corintianos nos festejos do título brasileiro _ mas não a emoção e obrilho!
Foi-se o homem que nos ensinou a utilidade dos calcanhares no futebol...,
.... nasceu o mito, definitivamente eternizado na história de um dos clubes mais populares do mundo!
Adeus, doutor Sócrates, e obrigado pela elegância na prática do jogo e pela defesa intransigente do respeito à democracia.
Parabéns,Corinthians, líder por 27 das 38 rodadas, umcampeão justo e merecido!
AoVasco, segundo colocado, resta a bela campanha e o fechamento de um ano magistral.
O time armado por Ricardo Gomes e treinado nos últimos três meses por seu auxiliar, Cristóvão Borges, jogou um futebol competitivo, bonito de ser visto.
E decidiu três das quatro competições disputadas _ o Estadual, a Copa do Brasil e o Brasileiro.
O Vasco não venceu mais do que 19 partidas neste Brasileiro por alguns aspectos _ isolados ou combinados entre si.
Faltou experiência (leia-se malandragem) à comissão técnica em alguns momentos, e em outros os jogadores deixaram a desejar.
Mas o time, sobretudo, foi vítimas dos equívocos das arbitragens ruins _ como as duas atuações de Péricles Bassols nos jogos contrao Flamengo.
Os dois pênaltis indiscutíveis não marcados a favor dos vascaínos nestes confrontos curiosamente decidiriam o campeonato.
Por isso a torcida fez bem em aplaudir o time e até festejar: o Vasco teve 61% de aproveitamento, 1% a menos do que o campeão.
Cá pra nós, numa competição em pontos corridos tão equilibrada como o Brasileiro, é mesmo de encher de orgulho!
Mas os vascaínos não são os únicos a terminarem a competição orglhosos com seus times.
OFluminense, terceiro colocado, fez um returno irretocável.
O time teve desempenho superior ao do turno do ano passado, quando conquistou o título: fez 38 pontos com 12 vitórias, uma a mais do que em 2010.
Se tivesse somado na primeira parte do Brasileiro os 33 pontos do returno do ano passado, teria brigado pelo bi até a rodada final.
O problema foi ter tido um primeiro semestre conturbado, com aquele mal conduzido episódio da saída de Emerson, o Sheik.
O Fluminense, que já havia perdido o técnico Muricy Ramalho, se descontrolou, e a diretoria levou um tempo para arrumar a casa.
Com a chegada de Abel Braga o time encorpou, recuperou a força e agora volta à Libertadores como dos mais fortes brasileiros na competição.
O elenco é qualificado, o jogo coletivo, como vimos neste returno, é dos melhores, e a mística da camisa o fortalece.
Os tricolores têm mesmo de estar com o nariz em pé _ o Tricolor termina o ano em alta!
OFlamengo, quarto colocado, também não tem muito do que se queixar.
A vaga na fase classificatória da Libertadores de 2012 para duelos contra o Real Potosí, da Bolívia, merece ser comemorada pelos rubro-negros.
Afinal, a queda do time no returno, com apenas seis vitórias, contra nove da primeira fase, pôs em risco o bom trabalho do primeiro semestre.
A comissão técnica atribui parte da baixa no rendimento à média de idade elevada dos principais jogadores, o que exigirá a renovação de parte do time.
Existe uma base já trabalhada, mas para obter o êxito desejado à nível continental, ainda há muito a ser feito...
A decepção ficou mesmo por contra doBotafogo, nono colocado.
A vexatória campanha no returno, acumulando nove derrotas (sete, nos últimos nove jogos), comprometeu a campanha que poderia ter sido histórica.
O clube está arrumado, o elenco bem fornido em quase todas asposições e o time chegou a ser apontado como o melhor da competição.
O empate em 1 a 1 com o Fluminense no clássico desta última rodada, jogando um bom futebol, ao menos renova as esperanças.
Houve açodamento na demissão do técnico Caio Júnior faltando três rodadas para o final e o comprometimento da campanha como um todo.
Mas, com o experiente Osvaldo de Oliveira no comando, o Botafogo poderá ter em 2012 os títulos que poderia ter festejado em 2011.