Depois dessa eletrizante vitória por 2 x 1 sobre o Vasco, o Flamengo tem de tirar cinco pontos de desvantagem para ir à Libertadores, em sete rodadas. É muito difícil. Mas dá para sonhar. E sonhar não custa nada. Vejamos:
- O time é bom e está jogando bem.
- A torcida do Flamengo ganha jogo e a tabela mostra que serão quatro partidas no Maracanã.
- Há ainda três confrontos diretos, contra Santos e Grêmio no Rio e o Cruzeiro, fora.
- A tabela não é das mais complicadas. Há ainda o América em Natal (só vai ter flamenguista no estádio, três pontos), o Corinthians em casa (obrigação de três pontos), o Atlético Paranaense em casa (obrigação de três pontos) e o Náutico fora, na última rodada (dá para vencer também).
O Flamengo paga a conta de ter largado dos boxes. Mas a corrida de recuperação é animadora até aqui.
Baixinho - Não está com cara de que essa história de Romário no banco de reservas nesse clássico vá terminar bem... Primeiro, Celso Roth disse que ele não iria para o jogo porque não havia atingido o percentual mínimo de gordura. Aí, enfiam o Baixinho goela abaixo do treinador e ele vai para o banco. Roth, pavio curto, é chamado de burro pela torcida ainda no primeiro tempo sem motivo. Ele fez três alterações. E nada de Romário jogar...
O melhor do Fla - Leonardo Moura fez bela partida novamente, assim como Ronaldo Angelim, de quem sempre espero o pior. Souza foi muito aplicado lá na frente. Obina entrou aos 30 do segundo tempo, suficiente para acertar uma bela cabeçada no travessão. Renato Augusto, mesmo fora da forma ideal, teve de entrar no jogo ainda no primeiro tempo e não fez feio. Mas ninguém chegou aos pés de Ibson. Ele é o jogador mais importante do Flamengo hoje, marca, arma e ataca com vontade e eficiência. O time cresceu junto com ele. Ou seja: Ibson chegou tarde ao campeonato... Mas antes tarde do que nunca.
A raça vascaína - Não houve nenhum destaque individual. Aquele time tão arrumadinho do primeiro turno sumiu de vez. Mas uma coisa precisa ser dita: a raça que os jogadores mostraram contra o Flamengo. Todos eles. Conca e Wagner Diniz, duas peças tão importantes, não se encontraram no jogo. Mas correram até o fim. Perdigão perdeu a bola no primeiro gol, de Toró. Mas também não se entregou, assim como Leandro Amaral. E fiquei com dó do Rubens Júnior. Falhou ao fazer pênalti em Leonardo Moura, possibilitando o segundo gol flamenguista. Mas assumiu a culpa nas entrevistas de um jeito que, para mim, passava um recado: \"estou ferrado com a torcida...\".
Os goleiros - Os dois falharam. Mas Bruno tem muito mais crédito. E conseguiu se recuperar dentro do próprio jogo.
O pior da noite - O árbitro Evandro Rogério Roman. Que sujeito confuso!
O Vasco corre risco de cair?
Para mim, nenhum. Os times que lutam contra o rebaixamento são bem piores e sinceramente o futebol mostrado no clássico não foi nenhuma tragédia. A organização da equipe sumiu, mas o Vasco ainda é um time guerreiro, se isso servir de alívio para a sua torcida, a partir de sábado. Porque a sexta vai ser de ressaca. Das bravas.