Técnico de futebol ganhou uma importância enorme nos anos 90, a ponto de ser chamado de super. A estréia do Professor Romário (e como lembra o amigo Maurício Noriega, idem para a passagem do estreante Dunga na seleção) mostra que eles não são tão importantes assim. Pelo menos não em comparação a um bom centroavante.
O Vasco fez uma grande partida contra o América. Ganhou só por 1 x 0 graças a uma série de milagres do goleiro mexicano (e da trave...). Mas nem mesmo o mais fanático fã do Baixinho pode dizer que foi graças à maneira como ele armou a equipe.
Romário fez cinco mudanças bem normais no time (já comentadas no post abaixo). E a queda de Celso Roth deu aquela chacoalhada básica no pessoal. Nada além disso. É clichê do futebol um time jogar melhor quando troca o treinador.
O Vasco não será rebaixado no Brasileiro, no máximo chegará à Sul-Americana. Não há grande problema em ficar sem treinador até o fim do ano. Mas a idéia de Romário comandante tem de ser encarada apenas como algo divertido, que colocou o clube na mídia etc. Ah, também serviu para Romário jogar 25 minutos, depois de mais de quatro meses fora dos gramados. Atuação digna de um ex-atacante. Só Romário treinador para escalar Romário jogador hoje em dia.
Aos 30 do segundo tempo, Romário (que já estava em campo, arrastando-se) irritou-se com Rubens Júnior e mandou substituí-lo. Tudo bem que o Vasco teve apenas um objetivo esse ano: ser o clube do Romário. Mas eu (e, acredito, os jogadores também) faço uma pergunta: que moral o Baixinho tinha para fazer isso, fora o seu passado como jogador, diante de sua inútil atuação na partida?
É por isso que não acredito ser possível o Vasco continuar crescendo nas mãos de Romário treinador. Mas, a essa altura do campeonato, isso já não tem mais tanta importância assim: 2007 acabou para o Vasco.
E técnico de futebol, todos sabem, é bem menos importante do que um grande centroavante. Ou seja: quem faz a diferença no Vascão, hoje, chama-se Leandro Amaral.