O título estadual escapou das mãos dos vascaínos no minuto final dos acréscimos ao tempo regulamentar, mas o cenário não é o de terra arrasada.
Ou, ao menos, não deveria ser...
O saldo dos três primeiros meses de trabalho ainda é positivo.
Zé Ricardo conseguiu remontar o time esfacelado pelas ausências de Madson, Gilberto, Anderson Martins, Breno, Ramon, Jean e Martheus Vital.
Avançou na pré-Libertadores, entrou na fase de grupos, e administrou como pôde a participação no Estadual.
Classificou-se ao decisivo turno semifinal e foi tão competitivo quanto o campeão, que concentrou-se na disputa do título.
Nos últimos 25 dias, o Vasco perdeu Henrique, Giovani Augusto, Rildo e Paulinho...
E, nos 90 minutos finais, de quebra, ainda se viu sem Wellington.
A conquista era importante, mas a perda, num cenário desses, potencializado por dificuldade econômica e mazelas políticas, precisa ser bem analisada.
O foco agora precisa estar direcionado para os objetivos maiores.
Mas para isso é preciso suporte financeiro e reforços, dentro e fora do campo.
E Paulo Pelaipe, o executivo de futebol, precisa começar a dar as caras.
Porque o melhor elo entre o clube e sua torcida é a qualificação do time.
Se for abraçado por sua torcida, o Vasco pode ter um desempenho ainda superior ao de 2017.
Zé Ricardo tem o grupo nas mãos, a comissão técnica é alinhada aos jogadores, e a diretoria precisa fazer o dever de casa a cumprir.
Quem sabe a dor desta derrota não vira combustível para a recuperação na Libertadores e boas campanhas na Copa do Brasil e no Brasileiro?
Quem sabe?