No futebol brasileiro, o carioca em especial, é assim: depois de armado o picadeiro, não faltam palhaços para fazer graça.
E neste cenário circense, onde a fantasia é substituída pelo terno e gravata, novos e velhos artistas se unem para a realização de mais um espetáculo lamentável, esdrúxulo e inconcebível para os tempos modernos.
A ação do Ministério Público do Trabalho, visando a restabelecer uma ordem não cumprida por orgãos administrativos da esfera esportiva que se travestem de tribunal, antes de autoritária é fiscalizatória e busca a defesa da moral e do cumprimento das normas.
Não me cabe sequer saber a quem beneficia ou prejudica e torço para que ela deflagre, a partir de tal desobediência, mais uma severa investigação na entidade que coleciona histórico malcheiroso.
Mas digo também a reboque de tudo isso que muito me enojaria se o Vasco hoje presidido por um ex-atleta se fizesse valer do poder do MP para participar das semifinais de uma competição já desonrada em sua essência.
Competição, aliás, que este ano já demonstra queda de 37% no público pagante em relação às seis primeiras rodadas da Taça GB de 2008, conforme levantamento do repórter Guto Seabra em matéria publicada pelo EXTRA na edição do último domingo.
O respeitável público não é bobo...