Romário deu entrevista exclusiva ao repórter Clayton Conservani, da TV Globo, na qual chama, acredite, Eurico Miranda de pai, "meu pai dentro do futebol" (confira em www.globoesporte.com).
Romário perdeu a última gota de amor próprio que lhe restava e admitiu encerrar sua carreira, mais que encerrada, com a camisa vascaína, como acaba de mostrar o "Jornal da Globo".
De falso rebelde, Romário virou mico amestrado.
E pensar que o "Globo Esporte" de ontem, fora de contexto e com descabido exagero, mas, certamente, com boa intenção, quis comparar o gesto dele ao de João Saldanha, que enfrentou um ditador sanguinário chamado Garrastazu Médici ao dizer que ele escalava o time e o general o ministério.
Romário foi um jogador extraordinário, único dentro da área.
E se calado não chega a ser um poeta, deixa de ser, ao menos, um péssimo exemplo.
Mas que terá o fim que merece, embaixador da CBF na Copa de 2014, peixe de Eurico Miranda e de Ricardo Teixeira que, talvez, amanhã venha a chamar de "minha mãe dentro do futebol."
Porque quem nasce para Romário não chega nunca a ser Zico.
Só resta a este blogueiro se desculpar com Luís Felipe Scolari por tê-lo criticado tanto quando não levou a peça à Copa de 2002.