Poucas vezes um time encontrou tanta facilidade para vencer. Exibindo um ritmo alucinante, o Palmeiras fez o que quis com a zaga vascaína e saiu de campo com uma merecida vitória de 4 a 2. Edmundo, esquecendose de seu passado vascaíno, mostrou mais uma vez que o Parque Antarctica é sua casa. Ele marcou duas vezes, deu dribles desconcertantes e foi decisivo.
Juninho Paulista foi outro que brilhou. Na jogada do quarto gol, por exemplo, ele entrou como quis na área do Vasco, cujos zagueiros fizeram fila para serem driblados.
Se o ataque do Palmeiras exibia um vasto repertório, os zagueiros não conseguiram manter o mesmo nível. No primeiro gol vascaíno eles não tiveram culpa alguma, uma vez que Ives acertou uma bomba indefensável da intermeseou na primeira etapa. Marcando no campo do adversário e aproveitando os espaços deixados pelos laterais vascaínos, o Verdão foi para o intervalo vencendo por 3 a 2. E foi pouco, uma vez que Edmundo ainda perdeu chance clara, dentro da área, após deixar Yves estatelado no gramado.
O domínio palmeirense prosseguiu no segundo tempo. Nem mesmo as entradas de Abedi e Ernane, nos lugares de Andrade e Radiária. Mas o mesmo não se pode dizer no segundo. Após bisonho cruzamento de Ramon, Wendel se enrolou com a bola e acabou marcando contra.
O Palmeiras, que sufocou o Vasco desde o primeiro minuto, pasmon, respectivamente, surtiram algum efeito. Para completar, Fábio Braz fez falta em Juninho Paulista e acabou expulso, mesmo sem ter levado o amarelo.
Dono das ações, o Palmeiras, soberano, fez a bola girar, esperando o tempo passar. O Vasco, que entrou para explorar os contra-ataques, errava muitos passes e não conseguia ameaçar o gol de Marcos, que efetivamente fez apenas uma defesa salvadora.
Com a merecida vitória, o Palmeiras manteve a escrita de não perder para o Vasco em casa, o que não ocorre há 14 anos.
Para os vascaínos, o resultado de ontem à noite mostrou que a equipe precisa melhorar muito se quiser conquistar a Copa do Brasil.
Já para os palmeirenses significou que nem tudo está perdido no Brasileiro.
Carlos Monteiro - Lance!