Há muita hipocrisia acoplada ao episódio final da saga Vasco/Eurico Miranda/Romário. Cá entre nós, atualmente a coisa mais sólida nessa relação era a estátua do jogador, atrás do gol da Capela de Nossa das Vitórias, em São Januário. De resto, era tudo fachada. A partir do momento em que aceitou Edmundo de volta, o presidente sabia que não teria mais a fidelidade do artilheiro. E o Baixinho não é mais jogador. Foi um gênio, excepcional, um dos melhores de todos os tempos. Mas, aos 41 anos, lhe falta apenas um a festa de despedida. E, mais cristalino, jamais quis ser treinador. Nunca gostou da possibilidade de ser. E, quando aceitou o papel, cometeu erros primários, fora o amadorismo, permitido pela direção do clube, de só aparecer nos treinamentos quando bem lhe conviesse.
Então, deixemos de ser hipócritas. O rompimento entre Vasco/Eurico Miranda/Romário foi bom para todos. Como jogador e treinador, ele não agregava mais nada para o Vasco. E o dia-a-dia de jogador (ou, faz de conta, de treinador) não seduzia em mais nada ao Baixinho.
Claro que o presidente do clube jamais deveria se meter na escalação do time. É patrão, mas delegou essa função a alguém. Isso não se discute. Houve excesso.
Evidente que Romário deveria ter saído. Como fez. Mas, repito, foi bom para todos. Duro, mas duro mesmo, é isso que o torcedor do Vasco deveria ter em mente, é o motivo do divórcio.
Crise de relacionamento porque um queria Allan Kardec e o outro, Abuda, é caso para sessões e mais sessões de análise. E olha que Abubakar e Villanueva ainda nem estrearam. Será que Edmundo gostará deles?
No campo, o Vasco, com Allan Kardec, o Vasco foi melhor e venceu a Friburguense por 2 a 0, gols de Morais, de pênaltis, e Calisto. Um empate contra a Cabofriense classifica o time para a semifinal contra o Flamengo. Alfredo Sampaio é o treinador. Até quando, enm Freud explica (ou sabe).