Futebol

Opinião: Sua imensa torcida é tão feliz...

Escrevo essas mal traçadas linhas para falar das linhas mal traçadas do Vasco. A defesa por exemplo. Linha fraca. Sem zagueiros à altura da tradição do Vasco. Quem viu recentemente (para ficar só no recentemente) Mauro Galvão, Alexandre Torres ou até mesmo Odvan – dá saudade dele, quem diria. Ainda na linha da defesa o nosso goleiro não é o goleiro que o Vasco sempre teve. Academia de goleiros. Barbosa, Andrada, Mazaroppi, Acácio. O último da elite foi o Helton. Como armava um contra-ataque! Goleiro lançador. Fábio, que andou entregando o ouro no Cruzeiro, no Vasco foi bom. E agora a linha de meio campo. Poderia ser o ponto alto do time. Andrade não diz o que veio fazer na volta. Conca é bom. Perdigão, valente e experiente. Morais, não joga. Amaral, ai meu Deus....Roberto Lopes, ai (três vezes), meu Deus. Nada que lembre Juninho Pernambucano, Felipe, Pedrinho. Linha de ataque, Leandro Amaral. E só. Saudade do Romário mais novo, Edmundo, Dinamite, Euller e quiçá Donizete. Mas essas mal traçadas linhas estão falando das linhas mal traçadas do Vasco. E se são do Vasco, eu respeito. Eu torço. Eu considero os melhores do mundo. Que Messi, que nada. Ronaldinho Gaúcho é bom la pras negas dele. Prefiro o Conca (fazer o que?). Meu consolo é a imensa torcida bem feliz... como ela enche o caldeirão! Como ela esquenta o caldeirão! Com uma torcida dessa me empurrando até eu entro em campo e corro. Não sei se jogo. Mas corro. Corro como um vascaíno desvairado. É dessa torcida que quero falar Para mim, tudo começou com o Ramalho. Já ouviram falar nele? Só mesmo os mais antigos. Ainda está vivo no esplendor dos oitenta e tantos anos Ramalho foi o símbolo. Naquela época, e eu era ainda moleque lá no interior de Minas, o Caldeirão já enchia como hoje. Mas só começava a berrar quando ouvia um toque de corneta. Corneta feita de talo de mamona. Toque que cortava o espaço, atravessava o histórico estádio, rugia no atual bairro Vasco da Gama. Era a chegada do Ramalho. No que tocava seu talo de mamona o caldeirão começava a ferver. Começava a berrar. Um urro sói...VASCO! VASCO! E não parava mais de gritar. Eram os tempos maravilhosos do Expresso da Vitória. A cada gol do Ademir, a cada balaço do Lelé, a cada cabeçada do Isaias, o talo de mamona se fazia ecoar. Em meio à gritaria desvairada e infernal. De vascaínos infernais. De vascaínos desvairados. Como eu. Como você. Que ainda hoje urram no caldeirão. Na próxima crônica vou continuar falando dessa torcida bem feliz. Norte-Sul, Norte-Sul deste país. Por hoje continuo ouvindo a corneta estridente, escandalosa, melodiosa e, ao mesmo tempo, a mais afinada do mundo. Que sabia berrar VASCO em notas de talo de mamona. Já, naquela época, o Vasco tinha o seu bio-instrumento de sopro... o primeiro da história dos instrumentos!

Por Áureo Ameno

Fonte: Blog do Garça - Rafael Bonnard
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