Longe de servir para consagrar mocinhos ou rotular vilões, o triste episódio do imbróglio envolvendo o ata-
cante Leandro Amaral, o Vasco e o Fluminense é um daqueles casos em que todos têm culpa e a razão passa ao largo do bom senso.
A discussão em torno do ano a mais de contrato que o jogador deu aos vascaínos quando se encontrava no ostracismo é tão odiosa quanto o posicionamento do Fluminense, que já o assediava na calada da noite desde muito antes do encerramento do compromisso do jogador com Vasco.
E a postura sonsa e falsamente grata do próprio atacante com o clube de São Januário, forjando uma mentirosa possibilidade de amor eterno quando na verdade já estava comprometido com um novo empregador, é tão peçonhenta quanto a imagem de vítima que agora quer passar ao público.
Leandro Amaral blefou, o Vasco avaliou arrogantemente mal as cartas que tinha em mãos e o Fluminense achou que levaria a melhor jogando fora as regras do jogo limpo. De certa forma, o vai-e-vem da Justiça é uma forma de punir os três players deste jogo sujo.
Enquanto não houver um veredicto, Leandro ficará sem jogar, o Vasco ficará sem o dinheiro indenizatório que julga ter direito e o Fluminense não terá o jogador que parece ser importante para sua trajetória.
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3
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