Domingo estive em Florianópolis e, consequentemente, na Ressacada. A cidade continua linda. E o Avaí, pelo que tenho observado, ainda melhor do que no ano passado. Péricles Chamusca achou a base certa, a defesa está pronta, o ataque tem o ótimo Roberto, que interessa ao Grêmio, e o meio de campo está bem ajustado, com David, Caio, Rudinei e Marcinho Guerreiro. Invicto em casa há 24 partidas, tudo caminha para que o Leão da Ilha de Floripa caminhe para mais um vôo cruzeiro no Brasileirão. Sem sustos e com segurança absoluto até o pouso final. Até porque, com a vitória de 2 a 0 sobre o Vasco, gols de Roberto e Robson, já são 7 pontos em 9 disputados. Ah, dirá o pragmático: mas não pode entrar no declínio?. Até pode, mas eu duvido.
E o Vasco? Perdeu. Mas melhorou. Não adianta os vascaínos espernearem. Houve evolução. Celso Roth já deu um pouco mais de consistência ao time. Jogou com quatro volantes? Sim, não teve jeito. Qual seria o meia de criação? Carlos Alberto? Lesionado. Jefferson? No banco, ainda longe da melhor fase. Quem mais? Magno? Fumagalli? O ideal é pensar no que há de alternativa antes de reclamar.
Em vários momentos da partida, o Vasco equilibriou e foi superior ao bom Avaí. Algo admitido pelo próprio Péricles Chamusca. Claro que é preciso reforços. Muitos. Mas é uma falácia dizer que o Vasco-2010 é o pior da história. Exagero patético. O time é melhor do que o do ano passado. Mas vive uma fase de confiança zero. Fora a confusão que foi a saida de Vagner Mancini.
O trabalho de Celso Roth será longo. Recuperar a motivação e a confiança da boleirada, entregar uma lista de reforços que possa chegar (sem delíri0), arrumar a defesa, problema crônico há anos, e depois pensar na frente. Creio que conseguirá. O time do Vasco não chega a ser bom, mas também não é desprezível. Tem qualidades. Com pés no chão, cabeça no lugar e comando, pode crescer. Como já aconteceu na Ressacada. Perdeu? Até porque quase todo mundo que visita Floripa perde para o Avaí. Ou não?