Unidos para desarticular a gestão de Alexandre Campello, os grupos de oposição ao presidente do Vasco, encabeçados pelo executivo Júlio Brant e o advogado Roberto Monteiro, anunciaram nesta segunda-feira a mais nova cartada.
Protocolaram ,através do presidente da assembleia geral do clube, Faues Cherene Jessus, o Mussa, pedido de convocação extraordinária do Conselho Deliberativo para apreciação de possível parceria com o fundo de investimento "Internacional Elite Management – IEM".
O socorro poderia representar a solução para a retomada do vigor financeiro do Vasco, se não tivesse como pano de fundo a clara intenção de impedir que a atual administração aprove em Conselho Deliberativo (Code) a obtenção do empréstimo de R$ 38 milhões que equilibraria o orçamento até dezembro de 2018.
Se por maioria o CoDe entender que antes de discutir a ida aos bancos, o clube deva primeiro conhecer detalhes da possível parceria, uma nova reunião será marcada, desta vez com a presença de um representante do fundo, vindo da Europa.
E caso o modelo da parceria seja julgado vantajoso, uma comissão será formada por cinco conselheiros estudará a formalização do acordo, o que não deverá levar menos de dois meses para ser oficializado.
Ocorre que a situação financeira do Vasco não permite a prorrogação da aprovação deste empréstimo, sob o risco do atraso do pagamento a funcionário, jogadores e credores - e consequente impacto na campanha do time no Brasileiro.
Roberto Monteiro, hoje desafeto de Campello, e Júlio Brant, que ainda tenta na Justiça a anulação da eleição de novembro do ano passado, sabem disso, mas não medem esforços no trabalho de asfixia financeira a Alexandre Campello.
Na semana passada, enquanto um se manifestava discretamente feliz com a possibilidade de uma invenção judicial no clube, o outro marcava para o mesmo horário da partida entre América-MG x Vasco a reunião do CoDe para nova apreciação do pedido de empréstimo.
Desgastado, Campello tenta administrar o clube com o apoio político do ex-ditador e hoje presidente do Conselho de Beneméritos (CoBe), Eurico Miranda, antigo vilão, hoje peça chave no destravamento político do clube.
Enquanto as facções engravatadas manobram nos bastidores, lançando mão das mais sórdidas artimanhas jurídicas e comerciais na busca pelo poder, o time despenca na tabela com a quinta pior campanha no Brasileiro do pós-Copa.
E seus torcedores sofrem só de pensar no risco iminente de um quarto rebaixamento do clube nos últimos onze anos.
Lembrando que a gestão de Alexandre Campello, empossada em 22 de janeiro, tem mandato até 31 de dezembro de 2020.
Se irá cumpri-lo, só mesmo o tempo poderá dizer...