Sem Romário, que ficou no Rio preparando-se para o jogo de domingo, contra a Portuguesa, pelo Estadual, o Vasco apenas empatou em 1 a 1 com o modesto Botafogo (PB), ontem à noite, no Almeidão, em João Pessoa, pela primeira fase da Copa do Brasil. O resultado, além de obrigar o time a disputar outro jogo contra os paraibanos, quarta-feira, em São Januário, deixou o torcedor apreensivo - novamente, a atuação do time foi ruim.
Tudo bem que o atacante Valdiran está longe de ser o novo Robinho, mas num primeiro tempo caracterizado mais por pixotadas do que por jogadas trabalhadas, suas pedaladas à lá o craque do Real Madrid animaram os torcedores e causaram calafrios no Botafogo, time limitado e afoito.
Prova disso foi o pênalti que os donos da casa cometeram em Wagner Diniz, aos 12 minutos. O lateral-direito vascaíno, depois de uma tabela com Morais, foi derrubado na área, nada mais, nada menos do que por dois jogadores da equipe paraibana ao mesmo tempo. Aos 13 minutos, Morais cobrou e abriu o placar.
O gol acalmou o Vasco, e o time carioca, tecnicamente melhor do que o adversário, pôs a bola no chão e momentaneamente aboliu o bumba-meu-boi. Ainda sem ter feito uma partida sequer este ano, Róbson Luiz perdeu o passo na hora de ampliar - claro, depois de uma pedalada de Valdiran pelo flanco esquerdo.
Em vantagem no marcador, o Vasco parecia estar se organizando para construir o placar que lhe daria a vaga na próxima fase sem a necessidade da partida de volta. Ledo engano. Wagner Diniz, que esqueceu seu futebol lá atrás, na temporada de 2005, cometeu duas faltas graves - e também desnecessárias - e foi merecidamente expulso, fazendo renascer as esperanças dos donos da casa, levados pela empolgação.
O Botafogo ganhou ânimo na segunda etapa e, aproveitado-se de mais um cochilo da defesa cruzmaltina - que ainda não conseguiu, em 2006, passar um jogo inteiro oficial sem sofrer gols -, empatou.
Insatisfeito, Renato Gaúcho resolveu alterar o Vasco. Cansado de tanto pedalar, o acrobático Valdiran deu lugar a Ricardinho, que até então só havia participado do amistoso de sábado passado, contra os sul-coreanos do Hyundai. De nada adiantou.
Quando Róbson Luiz, peça nula em campo, foi substituído por Ives, o time já parecia acomodado com o 1 a 1 - placar, inclusive, que não se alterou nem após a expulsão de Élton, do Botafogo (PB), aos 41 minutos.