O Vasco tem três jogos e três derrotas sob o comando de Alberto Valentim. Os números são cruéis com um técnico que só conseguiu dar seis treinos até o momento.
A questão é que num campeonato corrido e sem muito espaço para preparação, o time corre contra o tempo para evoluir - até agora, a melhoria foi tímida.
A derrota para o América-MG por 2 a 1, na quinta-feira, mostrou isso. Depois do desastre contra o Santos no Maracanã, no último sábado, Valentim teve pequeno tempo para moldar a equipe: foram três dias seguidos de trabalho e concentração estendida desde o último domingo.
Em campo, porém, o que se viu do Vasco no primeiro tempo foi a mesma letargia de antes. Incapacidade total de criar jogadas e passividade na marcação - com exceção dos 10 minutos iniciais, em que o time marcou alto, como é a ideia de Valentim - deram a tônica do jogo.
O segundo tempo foi melhor. O Vasco voltou mais agressivo e intenso, conseguiu o empate, mas ficou nisso. Os erros técnicos reapareceram, como nos vários cruzamentos errados e na falha de marcação no segundo gol do América.
Talvez seja cedo cobrar evolução nítida do time, mas a sensação é de que o Vasco involuiu em relação à equipe comandada por Valdir, especialmente quando o interino apostou por uma formação mais conservadora, com três volantes.
Em que pese a evolução na etapa final, o Vasco ainda é um time com jogo coletivo pobre. Os jogadores parecem não ter ideia de como chegar ao gol adversário, a menos que a bola seja lançada para Maxi se virar. A marcação segue frouxa, e até referências de outrora vivem má fase, como Martín Silva e Pikachu.
Com a perigosa aproximação do Z-4, é necessário que o Vasco evolua mais rápido. Valentim segue sem muito tempo para trabalhar, e talvez seja mais prudente evitar mudanças bruscas na equipe. A próxima semana será cheia, com mais fôlego para treinos.
Hoje, a esperança cruz-maltina é a folga no calendário: ela é a única aliada para que estes jogadores virem um time consistente a tempo de evitar novas decepções.