O Vasco foi o único clube grande que começou o ano com dois treinadores. Hoje, na véspera do dia da mentira (1º de abril), não tem mais nenhum. Romário, aquele que nunca foi técnico mas tinha a comenda, pulou fora no primeiro atrito. Deixou a estátua como lembrança. Alfredo Sampaio foi demitido hoje. Na véspera de um jogo decisivo pela Copa do Brasil (quinta-feira, em São Januário), contra o Bragantino; de um amistoso boçal contra o Flamengo, válido pela desanimadora Taça Rio; das semifinais (aleluia!) do mesmo segundo turno; e, quem sabe, das finais do Carioquinha.
O Vasco perdeu três meses do ano com Romário e Alfredo Sampaio. Na verdade, seus torcedores foram os que mais perderam. Nunca engoliram a dupla eleita pela diretoria e tiveram o desprazer de observar um time mal treinado e sem padrão tático. O trabalho de Romário nunca existiu. O de Alfredo não se sustentou. Mas, justiça seja feita, não dava para fazer milagre. A equipe continua fraca, com alguns bons jogadores e outros tantos, péssimos. Sem zagueiro, sem volante e sem atacante ninguém ganha nada.
Ah, o Vasco pode ser campeão estadual? Pode sim. Quem sabe? E daí? O que isso mudaria na vida do clube? Será que os vascaínos ficariam alimentados com o título do carioquinha? Acho pouco. Seria um fortificante efêmero. Assim como é muito pouco viver de estátuas, lembranças e promessas vazias.