Por: Ana Luiza Prudente, colunista do Lance
Sonhei com Dedé. Não vou entrar em detalhes em respeito a Teresa Cristina, a grande cantora vascaína, fã de babador do zagueiro, mas posso dizer que interpretei a noite como uma mensagem demuitos gols do jogador no fim de semana.
O Mito da Colina é umatributo a mais da equipe cruz-maltina, um time lindo de se ver! Viril, feito por homens bravos, corajosos, que não fogem de suas obrigações. No empate em 1 a 1 com a Universidad de Chile, faltou perna, mas não raça. O Vasco não tem Imperador, Sheik, nem o melhor do mundo. Tem profissionais, jogadores com J maiúsculo, como Juninho Pernambucano. Fruto também do trabalho sério de Ricardo Gomes, o qual Cristovão Borges sabiamente soube manter.
Na véspera da penúltima rodada do campeonato de 2011, esquentam as apostas nas ruas, nas mesas dos bares, no trabalho. Quantos, sobretudo cariocas e paulistas, não estão neste momento recalculando as possibilidades matemáticas do Brasileirão? O líder Corinthians pode ser campeão no domingo, mas e se o Timão for derrotado pelo Figueirense? E se o Vasco vencer? E se Vasco e Corinthians perderem e o Fluminense ganhar? Faz lembrar a música \"E se\" do tricolor Chico Buarque: \"(...) E se o oceano incendiar? E se o Botafogo for campeão? (...)\" Esse resultado está fora de cogitação, mas no mais, tudo pode acontecer.
Quem poderia imaginar, por exemplo, que Adriano iria fazer o gol cofrinho e dar a vitória corintiana sobre o Atlético Mineiro? E nada impede que o Imperador volte a balançar as redes (e a barriga) no Orlando Scarpelli e termine o ano como o nome do título alvinegro. No Engenhão, torcedores de Vasco e Flu vão estar ligados mesmo é no jogo em Florianópolis.A depender do resultado, vascaínos e tricolores seguirão ou não sonhando com o título. Eu, certamente, com Dedé.
(Matéria reproduzida diretamente da versão papel do Jornal Lance)