Futebol

Opinião: "Vasco mostrou que o medo de mudar não pode existir"

Como viver sem você?

Como superar uma perda?

Como se adaptar a uma mudança brusca?

Como recuperar a motivação em outra cidade?

Como trocar a praia pelo interior?

Como?

Como?

O Vasco da Gama dá uma lição de vida a todos nós. E não é vida esportiva. É muito maior do que isso.

Não se trata apenas da fantástica superação após o trauma com Ricardo Gomes.

O assunto é Eurico Miranda.

Durante anos, muitos anos, Eurico foi o dirigente-mor do Vasco. Muitos amavam, muitos odiavam. Não é disso que vamos tratar. Eurico tinha um jeito de governar. Às vezes dava certo, às vezes não. O problema foi viciar o Vasco e os vascaínos, que simplesmente não imaginavam uma vida sem Eurico. Como se a centenária caravela estivesse condenada a navegar pelos próximos 100 anos em mares sempre navegados.

Eleito e reeleito várias vezes, Eurico mais parecia um patrimônio do Vasco. E vice-versa.

E o problema não era Eurico.

É muito maior.

Quantas vezes não nos pegamos morrendo de medo de mudar?

De mudar de pasta de dente.

De mudar de trabalho.

De mudar de amor.

De mudar de cidade.

De mudar de time…

Opa! Poesia tem limite. De time a gente não muda.

O Vasco provou que nada é imutável. Que muitas vezes não nos mexemos por puro medo do desconhecido. Pavor de tropeçar nos primeiros passos e não ter a força suficiente para caminhar os próximos metros.

O Vasco sem Eurico ficou sem dinheiro, ficou sem títulos, ficou escanteado, silencioso, vendo outros clubes enormes do Rio e do Brasil ocuparem os grandes espaços da mídia.

O novo presidente Carlos Roberto de Oliveira, mais de 1000 jogos atuando pelo time, derrapou, deslizou e foi parar na Segunda Divisão.

E quantas vezes não caímos para a Segunda Divisão depois de uma desilusão?

Levante o dedo aí o apaixonado ou apaixonada que, ao ser defenestrado pela paixão, não olhou a noite com a certeza absoluta que não haveria dia seguinte?

Três anos depois, o Vasco voltou a ser campeão e ainda pode ser mais duas vezes no mesmo ano. Se for ou não for é o de menos.

O gigantesco e popular Club de Regatas Vasco da Gama. Que tanto nos ensina através da sua história contra a intolerância e o racismo. Quer lição maior do que ser um dos times mais populares do país mesmo tendo o DNA do colonizador?

E o Vasco, vô?

O Vasco mostrou que o medo de mudar não pode existir. Podemos até mudar para pior. Mas pelo menos mudamos.

Como ensinou o saudoso músico pernambucano Chico Science:

“Um passo à frente e você não está mais no mesmo lugar”.

Fonte: Blog do Sidnei Garambone- ge
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