Futebol

Opinião: Vasco precisa ter entrega e suor e torcida ter fé e torcer

Na sua luta para fugir do Z4, o Vasco tem o Atlético Mineiro como adversário hoje, no Independência. Por mais que se tente, e até se deva, manter um certo otimismo, é complicado ter uma postura positiva diante de um oponente que é o atual campeão do continente jogando em seus domínios. Principalmente depois de termos perdido três partidas (duas jogando em São Januário), todas para times com risco de rebaixamento.

Podemos, com muita boa vontade, nos apegar ao fato de que o Galo está com a cabeça voltada para a disputa do Mundial da Fifa e que não está tão focado no Brasileirão como deveria. Mas aí vemos o Cuca falar que ainda dá pra tentar o título, que planeja uma arrancada e que o alvinegro mineiro terá todos os titulares em campo.  É ou não é muita sorte pro Vasco?

Diferente do nosso adversário, nós estamos em crise e desfalcados. André não pode jogar pois está emprestado pelo próprio Atlético. Dorival não abriu a escalação, mas deve escalar Tenorio no lugar do artilheiro do time. Sem definir uma escalação, o treinador vascaíno deve fazer várias alterações no time que perdeu para o Vitória: Yotun foi barrado e Wendel pode ser improvisado na lateral esquerda. No meio, Abuda disputa uma vaga com Baiano. No ataque, a dúvida é entre Willie e Marlone. Ou seja, nem os que entram, nem o que ficarão de fora empolgam.

Mas o que parece ser certo é que o Dorival, mais uma vez, colocará um time mais ofensivo em campo, com apenas um volante de combate e Pedro Ken mais recuado. Curiosamente, o treinador resolve ser mais ousado agora, quando parece que nos decidimos a ter a pior defesa do campeonato e justo contra um adversário que costuma ser muito ofensivo jogando em casa. Talvez a intenção seja acionar os contra-ataques com mais qualidade, com Dakson e Juninho. A questão é saber se a defesa suportará a pressão do Atlético por muito tempo.

Podemos vencer, claro. Futebol se ganha no campo e tudo pode acontecer. Mas isso passa necessariamente por uma entrega total do Vasco durante os 90 minutos. Se repetirmos o que fizemos contra o Vitória, quando jogamos bem o primeiro tempo e abandonamos a partida nos 45 minutos finais, o resultado tem tudo para ser o mesmo da última rodada. Tanto o treinador quanto os jogadores devem entender o que conquistar três pontos representa hoje: além da possível saída da zona de rebaixamento, um ganho de motivação gigantesco por vencermos um adversário muito difícil fora de casa. Já uma derrota aumentará a pressão sobre a equipe e deixará a torcida ainda mais desacreditada.

A única alternativa para o Vasco é suar a camisa e se entregar totalmente em campo. A nós, torcedores, resta torcer e ter fé de que as coisas vão dar certo. Quem sabe o Jô não acorda gripado e o Alecsandro não vira o centroavante do Galo?

Fonte: ge
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