De solução a problema...
O Vasco tem um problema: Edmundo.
E, hoje todos em São Januário já sabem que o clube está refém do jogador, que, por enquanto, ainda goza do prestígio e do poder conferidos por algumas facções organizadas.
Poder e prestágio escorados em feitos do passado, é verdade, mas que dão a ele uma certa imunidade política.
Seu retorno, aliás, fato antes incogitável pelo mandatário mor, só se tornou realidade por pressão estratégica de alguns conselheiros.
Afinal, dar a Edmundo a chance de encerrar a carreira com a camisa do clube pelo qual diz ter paixão, seria a senha para a trégua com os detratores que habitam as arquibancadas.
E também uma oportunidade de ver cair pela metade a dívida que, cedo ou tarde, por ordem judicial, aumentaria o passivo do clube.
O problema é que Edmundo jamais soube se relacionar muito bem com as responsabilidades que a vida lhe impôs.
E as palavras de Alfredo Sampaio, de que o Vasco neste momento precisa mais de um psiquiatra do que de um técnico, não deveriam ser vistas com desdém, como queixume de um derrotado.
Se o momento final de um jogador de futebol já é difícil de ser vivido, mesmo para aqueles mais equilibrados, imaginem como serão os últimos dias de Edmundo.
Tomara o Vasco tenha a fórmula para evitar grandes estragos...