Sabemos que calendário em ano de Copa do Mundo é complicado. Mas nada me convence de que este buraco entre as semifinais e a final da Copa do Brasil era a melhor solução encontrada pela CBF. Flamengo e Vasco não têm jogador na Seleção. Jogarão nas duas próximas quartas-feiras pelo Brasileiro, em datas que poderiam ser usadas para a decisão. Bastava adiar as partidas pelo Brasileirão.
Quando forem se enfrentar, em julho, os dois times serão totalmente diferentes dos que eliminaram Ipatinga e Fluminense. A equipe que hoje está bem, amanhã pode estar mal. E vice versa. O técnico que dirigiu o time até a semifinal pode não estar mais no cargo. Jogadores podem ser negociados. Outros podem chegar. E é até capaz que alguém mais desavisado até se esqueça que Flamengo e Vasco vão se enfrentar por uma decisão. A primeira entre cariocas na Copa do Brasil.
Quando julho chegar, o Maracanã ficará lindo com as duas torcidas. Pena que será pequeno para a importância do clássico. Todos os rubro-negros e cruzmaltinos vão querer estar lá. Mas só 44 mil e uns quebrados poderão ir. Culpa também de uma obra que parece de Igreja. Desde sua reabertura, o estádio parece estar do mesmo jeito. A colocação de assentos no lugar da extinta geral está parada e este período sem jogos por conta da Copa seria excelente para que a obra recomeçasse. Os dirigentes de Flamengo e Vasco também poderiam fazer algo pela paz para que as finais de julho não fossem cercadas pelo habitual clima de medo que cerca o clássico.
Enquanto a final da Copa do Brasil não chega, os cariocas dão mostras da gangorra que é o Brasileiro. É líder que perde para time mediano. Time fraco que surpreende time bom. O Fluminense se mantém no bloco de cima. E o Botafogo, no de baixo. Já passou da hora de o Alvinegro acordar. Novo técnico, geralmente, dá um ânimo a mais aos jogadores. Espera-se que isso se repita com quem chegar para a vaga de Carlos Roberto.