JUSTA HOMENAGEM
Estava para falar destes dois ex-jogadores há algum tempo e não consegui. Eis que o presidente do Vasco, Roberto Dinamite, manda rezar uma missa pela alma de sujeitos que marcaram com a camisa do clube: Moisés e Alcir. Creio que os leitores deste blog, provavelmente a maioria, não têm uma idéia clara de quem foram um e outro.
Tive o privilégio de conviver com ambos e guardo da dupla as melhores lembranças. O Moisés era um tipo de jogador que não existe mais. Não me refiro ao que fazia dentro do campo. Tinha a técnica de muito jogador que está em atividade por aí. Falo do seu jeito fora de campo. Poucas vezes vi alguém tão irônico _ sem ser debochado _ neste meio. Já o Alcir, que só atuou no Vasco, era um lorde. Sem aquela peruca que os lordes ingleses usam. Um lorde capaz de levar um drible do Rivelino e não apelar para a violência.
Ambos eram lordes e cariocas típicos. Não foi apenas o futebol que perdeu dois caras bacanas e personagens importantes para que se compreenda uma determinada época. A cidade do Rio de Janeiro também perdeu. Deve ser por isso que hoje chove sem parar no Rio de Janeiro. Não é chuva. É lágrima.