Ainda bem que houve esse segundo tempo do Vasco, em que ele construiu a vitória de 2 a 0 sobre o Botafogo para assumir a liderança do Grupo A. Ainda bem. Não fosse isso, praticamente não teria havido futebol de time grande no fim de semana carioca. Fluminense, Flamengo e o próprio Botafogo não jogaram rigorosamente nada. Foi o Vasco de Ricardo Gomes que jogou.
A chegada do técnico e de outros dois ou três jogadores contratados recentemente deu ao Vasco sua antiga feição de Vasco da Gama. O time foi melhor desde o início, no Engenhão, com Éder Luís obrigando Jéfferson a fazer duas defesas difíceis. Nos poucos momentos de domínio do Botafogo, sua jogada foi a de (quase) sempre: bola alta na área. Não deu certo.
Foi no segundo tempo, então, que o Vasco tomou conta do campo do Engenhão, sobretudo por causa do crescimento de produção de Felipe, que passou a armar as jogadas ofensivas. Aos 14 minutos, aproveitando a hesitação de Márcio Azevedo e de João Filipe, o estreante (no Vasco) Diego Souza, com calma e categoria, conduziu a bola para o meio da área, passando por Jéfferson, e tocou para o gol.
Sem alternativas no banco para mudar o meio de campo, as substituições de Joel Santana não tiveram efeito. Melhor ainda para o Vasco, que apertou o cerco e marcou outro gol bonito, depois do córner cobrado por Bernardo. A bola sobrou para Éder Luís que, numa virada pelo alto, completou sem defesa. Muito boa no segundo tempo a exibição do Vasco, que volta à briga no Campeonato do Rio.
(Matéria reproduzida diretamente da versão papel do Jornal O Globo)