Engana-se quem pensa que o embate entre os grupos de Eurico Miranda e Julio Brant terminou com a eleição de janeiro, vencida por Alexandre Campello. Conselheiros ligados a Brant ficaram revoltados com a descoberta de valores da contratação de Riascos, feita por Euriquinho, filho do ex-presidente, pouco antes de a dupla deixar o comando cruz-maltino.
O colombiano, que estava desempregado no fim da temporada passada, terá um custo total de R$ 10,4 milhões durante os três anos de contrato. É que ele ganha R$ 240 mil mensais, um dos maiores salários do atual elenco. Multiplicado por 39, que equivale ao número de meses do período, incluindo o 13º de 2018, 2019 e 2020, chega-se a R$ 9,3 milhões.
O restante está sendo pago de comissão ao empresário que intermediou a negociação do veterano, de 31 anos – o contrato fechado por Euriquinho valeu R$ 1,1 milhão ao representante do jogador.
Os aliados de Brant pretendem levar esses dados para a próxima reunião do Conselho Deliberativo, a fim de cobrar explicações de Eurico Miranda. Afinal, dias antes de deixar a presidência, o Vasco se desfez de vários atletas importantes, como Mateus Vital, Anderson Martins e Nenê, sob a justificativa de que não tinha dinheiro. Como, então, teria surgido esse R$ 1,1 milhão para comissão?
Dentro de campo, Riascos ainda não conseguiu fazer valer esse aporte financeiro tão expressivo. Em 18 jogos disputados, ele marcou apenas três gols – já são cinco partidas sem balançar as redes. Com um detalhe: todos os gols foram no Campeonato Carioca. Nas seis partidas da Libertadores e na estreia do Brasileirão, o colombiano passou em branco.