No tabuleiro de xadrez da política vascaína, todas as peças da oposição esperam o movimento do rei da situação para saber o que fazer em seguida. Ainda há a expectativa de que Eurico Miranda, atual presidente, não concorra à reeleição. Caso isso se confirme, muda tudo em relação ao desenho de hoje da eleição que ocorrerá em novembro.
Na última terça-feira, dez correntes de oposição do Vasco se reuniram para discutir a costura de uma chapa única para concorrer contra Eurico. Atualmente, há três candidatos: Alexandre Campello, Júlio Brant e Otto de Carvalho Júnior.
Já existe quase um consenso de que, se Eurico for candidato, só todos os votos da oposição concentrados em um mesmo nome serão capazes de fazer frente ao presidente. Vale lembrar que, na última eleição, Julio Brant e Roberto Monteiro concorreram contra o atual presidente. Segundo e terceiro colocados, respectivamente, eles somaram 2.723 votos, um empate técnico com a votação de Eurico: 2.733.
— Se ele é presidente hoje, é culpa de Júlio Brant e Roberto Monteiro, que não tiveram humildade de se unir em 2014. Isso não pode acontecer novamente — disse um dos beneméritos na reunião.
Mas, a cinco meses da eleição, ainda tem quem aposte na “não candidatura” de Eurico. Entre os opositores do presidente, especula-se sobre o estado de saúde do dirigente, entre altos e baixos nos últimos anos, e a situação do time no Brasileiro — em caso de campanha ruim, a pressão por mudanças seria maior.
Eurico Miranda afirmou em novembro do ano passado que seria candidato à reeleição do Vasco, mas depois disso tem evitado tocar no assunto em entrevistas.