Há cerca de uma semana, durante uma reunião em São Januário com aliados, Alexandre Campello disse que não contemplava a possibilidade de contratar Vanderlei Luxemburgo como treinador. Dias depois, mudou de ideia e iniciou contato para contratar o veterano técnico, através de intermediários.
Mas o que mudou de uma semana para cá?
A resposta mais óbvia é o mercado limitado de treinadores no Brasil. Antes de Luxemburgo, o Vasco tentou nomes experientes, como Jorge Jesus, Dorival Júnior e Diego Aguirre. Nenhum deles topou assumir o desafio de pegar um time que está em último lugar no Campeonato Brasileiro e ainda convive com problemas financeiros.
Depois de uma breve ampliação do leque rumo a técnicos mais jovens, Campello firmou sua posição. Em conversa com pessoas próximas em Manaus, dizia que, para trazer apostas, era melhor dar tempo para Marcos Valadares seguir o trabalho como interino.
A favor de Luxemburgo conta o fato de encaixar no perfil preferido de Campello: um técnico experiente, com vasto currículo. O bônus é estar desempregado e motivado a trabalhar - seu último clube foi o Sport, em 2017.
Luxemburgo sabe que, para voltar ao mercado, precisará aceitar desafios como o Vasco. Nas primeiras conversas, ficou animado com a possibilidade.
O treinador ouviu que há a previsão de chegada de até cinco reforços e entende que a parada para a Copa América pode ajudá-lo a acertar o time. Ele acredita que é possível fazer um campeonato seguro, sem correr riscos de rebaixamento.
As conversas, porém, ainda estão em fase inicial. Luxemburgo mora atualmente em São Paulo, onde cuida de negócios pessoais não relacionados ao futebol. Está previsto que ele venha ao Rio de Janeiro nesta semana - a princípio, sem relação com o interesse cruz-maltino. Mas será a oportunidade de o negócio avançar.