Um é do Sul do país, branco, de olhos azuis, mulherengo, estudou em escola particular e tem, entre outros títulos, o da Copa do Brasil no currículo. O outro é nordestino, mulato, casado, analfabeto, foi preso três vezes e nunca se firmou em um grande clube. Enquanto o tricolor Cláudio Pitbull, solteirão, tenta domar as mulheres cariocas, o cruzmaltino Valdiram briga para fazer com que todos esqueçam seus erros do passado. Os contrastes pessoais dos dois, no entanto, param por aí. No Maracanã, hoje, às 18h10, quando Fluminense e Vasco decidem seus futuros na Taça Rio, os atacantes, origens e passados à parte, tentarão vencer mais uma batalha rumo à conquista do Rio.
Na última rodada, Pitbull, fã de Romário, adversário de logo mais, fez o segundo gol do Fluminense contra o América na vitória por 2 a 0. Logo mais, novamente sem o auxílio do sérvio Petkovic, que se recupera de uma entorse no tornozelo esquerdo, o atacante pretende ajudar o time a conseguir a segunda vitória consecutiva e depois, quem sabe, comemorar com alguma beldade carioca.
Valdiram, por sua vez, foi decisivo na vitória de 4 a 2 do Vasco sobre o Nova Iguaçu, na última quarta-feira. O atleta, que chegou fazendo mais barulho por sua ficha criminal do que por seu futebol, rapidamente virou o jogo e já tornou difícil até a entrada do consagrado Edílson no ataque cruzmaltino. Assim como o rival tricolor, sempre admirou o Baixinho. O pernambucano, no entanto, tem a sorte de jogar ao lado dele.