O empate por 1 a 1 com a Chapecoense, em um Maracanã lotado, foi o último ato do Vasco na temporada 2019. O ano termina com um misto de alívio e superação, com a permanência na elite do Campeonato Brasileiro e a vaga na Sul-Americana, mas também com uma sensação de vazio, com o time sentindo que uma gestão mais organizada poderia ter deixado o clube em posições melhores nas competições nacionais.
Os pontos positivos da campanha do Vasco são principalmente por causa da torcida, que abraçou o time em praticamente todo o ano e encheu São Januário e o Maracanã em partidas marcantes do time no Brasileirão.
Além disso, a massa cruz-maltina vive uma semana que vai ficar na história do clube. Isso porque, na semana entre o fim de novembro e o começo de dezembro, o Vasco foi de 30 mil sócios-torcedores para impressionantes 140 mil, ultrapassando pouco depois os 170 mil e se tornando a equipe líder neste quesito em todo cenário nacional.
Vale também destacar a arrancada que o Vasco conseguiu no segundo semestre, saindo da lanterna, deixando a zona de rebaixamento e garantindo vaga para a Sul-Americana com duas rodadas de antecedência.
Por outro lado, os pontos negativos estão principalmente a parte interna, com o time sofrendo com salários atrasados e pendências financeiras com os jogadores. O ponto deve ser corrigido o quanto antes, pois costuma ser o "calcanhar de Aquiles" no planejamento de times grandes e um dos motivos para sequências negativas de resultados.
Outro segmento que pode melhorar em 2020 é a ausência de títulos importantes nos últimos anos. Em 2019, a conquista da Taça Guanabara não foi o suficiente para dar calma, além de o time estar há 19 anos sem o Brasileirão e há 21 sem a Libertadores.
Agora, a missão do Vasco é ter o mais rapidamente possível a resposta sobre o futuro da comissão técnica liderada por Vanderlei Luxemburgo para planejar antes e melhor a temporada 2020.