A oposição do Vasco aposta em dois caminhos para que a Justiça fique convencida de que os votos foram irregulares. Um deles é confrontar a entrada desses novos sócios com o fato de que o valor que deveria ter sido gerado ao clube não foi registrado no balanço financeiro de 2015.
- Não tem como eles comprovarem que esses sócios estão regularizados. Está claro que houve irregularidade. O Vasco não pode ficar passando por isso - afirmou Otto de Carvalho Júnior, presidente do Conselho Fiscal.
Outro caminho que levaria à desconsideração da urna é a análise do disco rígido onde há toda a movimentação financeira do clube. Ele foi apreendido em agosto, e o grupo de Julio Brant, autor da ação que apreendeu o HD, aposta que os dados mostrarão que não houve entrada de dinheiro decorrente dos sócios deste período.
- A Justiça vai confirmar o resultado das outras urnas - afirmou Julio Brant.
A tendência é que a questão comece a ser tratada pela Justiça esta semana, sem prazo para resolução. A situação garante estar tranquila de que os votos serão validados e Eurico, reeleito.
Depois disso, caso consiga a vitória na Assembleia Geral, ainda haverá outra etapa a ser vencida pela oposição para conseguirem eleger o presidente do clube: a eleição no Conselho Deliberativo. Com a desistência de Fernando Horta em prol de Julio Brant, a tendência é que haja uma união de forças para garantir que o candidato tenha a maioria nessa eleição.
- Abrimos em prol de um bem maior. Todos sabem que é preciso ter todos juntos nesse momento, se a intenção é tirar o Eurico do poder - ressaltou Otto.