A bola na trave que eliminou o Vasco do Campeonato Carioca, diante do Fluminense, na disputa de pênaltis, já é passado para Pablo. Nem dentro de campo ou fora dele o camisa 6 vascaíno lembra o garoto que estreou pelos profissionais do clube justamente num clássico, como o confronto diante do Flamengo neste domingo.
A partida contra o Sport, quinta-feira, foi a redenção para o garoto de 19 anos, que saiu de São João Nepomuceno, no interior de Minas Gerais, para lutar no mundo da bola. Na lembrança, Pablo busca os momentos de dificuldade que enfrentou para curtir o doce sabor do momento e exorcizar de quem debochou de sua capacidade no início da carreira.
– Lembro bem uma vez em que um amigo do meu pai o perguntou se eu havia saído para fazer teste de faxineiro. Coloco isso sempre na minha cabeça quando entro em campo. Hoje, consegui um espaço no time do Vasco – explica Pablo, com alguma mágoa do episódio.
Contra o Sport, Pablo teve a sua melhor atuação com a camisa do clube. Envolvente, foi ótima opção pelo lado esquerdo e marcou o seu primeiro gol como profissional com a camisa do Vasco. Comovido, dedicou o feito à mulher, Isabelle, jogadora de handebol do próprio Vasco, com quem se casou na terça-feira passada. Mais maduro, espera ter atuação de gala no Clássico dos Milhões. Garante estar empolgado.
– Tivemos uma vitória contra o Sport para nos dar muita motivação. Apresentamos um bom futebol e temos o Flamengo, um jogo muito importante, pela frente. Vencer o líder seria especial agora – afirma o misto de volante e lateral.
Mais acostumado a clássicos, Pablo nem se lembra mais da parte triste, a perda do pênalti, em sua estréia profissional. Com moral alta, quer mesmo escrever seu nome na história do Clássico dos Milhões.