O dia de sexta-feira foi de apreensão em São Januário. Por muito pouco a promessa de Cristiano Koehler, diretor geral, feita a Juninho em reunião na segunda-feira, não foi completamente descumprida. O Vasco, que havia se prontificado a pagar dois meses a funcionários e jogadores, com a possibilidade de bancar até um terceiro mês, quitou no fim da tarde o vencimento de julho, apenas.
O dinheiro foi debitado da conta do clube bem no fim do expediente bancário, o que fez com que alguns funcionários recebessem antes de outros. Aqueles que ganham menos e que possuem conta em banco diferente do Vasco, deverão ser obrigados a ver os salários no extrato bancário apenas segunda-feira.
Juninho, que foi o responsável por levar ao grupo no começo da semana a notícia de que o pagamento de até três meses ocorreria na sexta, recebeu parte do que o Vasco se comprometeu a pagar no reparcelamento da dívida que o clube possui. Foi creditado na conta do camisa 8 cerca de R$ 30 mil, com R$ 220 mil previstos para cair segunda-feira. Na carteira, Juninho ganha R$ 600.
Na tarde de sexta-feira, cerca de R$ 6 milhões entraram na conta do clube de São Januário, referentes à primeira parcela de pagamento do patrocínio da Caixa e também a uma parte do valor pago por um grupo de investimentos português na compra do volante Danilo, da equipe de juniores. O restante deve ser recebido na semana que vem. O jogador, vendido por R$ 13,2 milhões, renderá ao Vasco R$ 8,9 milhões.
A promessa de pagamento não cumprida gerou novo mal-estar entre funcionários e diretoria. Cristiano Koehler vem sendo pressionado e, internamente, o fato de o dirigente receber cerca de R$ 150 mil mensais, com R$ 100 mil pagos diretamente pelo presidente do Conselho Deliberativo, Olavo Monteiro de Carvalho, sem atraso, já gera algum desconforto.
O presidente Roberto Dinamite, em meio à crise, tem deixado a resolução do problema financeiro nas mãos do diretor geral.