De cabeça cheia e bolsos vazios, o Vasco se reapresenta nesta segunda-feira para iniciar mais uma semana de treinos sob forte pressão. Os esforços de diretoria e comissão técnica se mostraram improdutivos. O time segue no penúltimo lugar, acumula quatro derrotas seguidas no Brasileiro e ainda por cima tem salário pendente a receber.
A promessa é de que o pagamento de maio, que deveria ter sido efetuado no último dia 10, conforme promessa de Eurico Miranda no começo do ano, deve cair na conta de jogadores e comissão técnica ainda nesta segunda. Seria um alento para os próximos dias com a corda no pescoço.
O técnico Doriva, por exemplo, pode iniciar sua última semana à frente da equipe. Os resultados seriam insustentáveis em outro clube. Foram 12 gols sofridos nas últimas quatro partidas. O abatimento depois da derrota para o Cruzeiro foi indisfarçável. As alterações na escalação e na parte tática da equipe não surtiram efeito.
A diretoria, por sua vez, se encontra praticamente de mãos atadas. A decisão de isolar o elenco por uma semana em Mangaratiba não adiantou. Jogadores e comissão técnica tiveram tempo de sobra juntos, mas nada foi visto em termos de evolução.
Internamente, apesar do pequeno atraso no pagamento de maio, a sensação é de que a diretoria tem feito a sua parte no lado financeiro. O problema é que a necessidade de contratações é grande, mas os recursos disponíveis são escassos. Por mais que a saída de jogadores tenha aliviado a folha salarial, a dificuldade para mantê-la em dia segue grande.
Procurados, o vice de futebol José Luis Moreira e o gerente de futebol Paulo Angioni não atenderam as ligações. Contactado, Eurico Miranda não quis falar.
- Não estou - afirmou.
Está nas mãos do presidente outra alternativa para tentar mudar o quadro: a troca de técnico. Porém, Eurico é contra, pelo menos até sábado, quando o Vasco enfrentará o Sport, em Recife.