Yago Pikachu já foi de tudo no Vasco. De promessa vinda do Pará em 2016 com apelido folclórico a cobrador de pênaltis e artilheiro do time. De lateral-direito a ponta. De alvo de desconfiança à referência no elenco. Aos 28 anos, emplacará na próxima quinta-feira, contra o Sport, o quarto Brasileiro pelo clube. Uma história que pode estar perto do fim.
Seu Carlos Lisboa, pai e representante de Pikachu, afirma que recebeu sondagens de clubes da Série A, sugerindo que o jogador aproveitasse a dívida salarial que o Vasco tem para rescindir o contrato na Justiça e assim ficar livre para se transferir sem custos para a outra casa.
— Vieram falar para aproveitarmos os quase seis meses de salários atrasados. Mas nunca foi a nossa ideia deixar o Vasco pela porta dos fundos. Jogar fora a história construída — disse seu Lisboa.
Entretanto, ele admite que vê com bons olhos uma busca "por novos ares":
— Yago tem mais um ano e meio de contrato e quem sabe ele não mostre o potencial dele e desperte o interesse do exterior ou de outro clube da Série A. Ele está no quinto ano de Vasco e talvez seja a hora de procurar novos ares. Existem sondagens, mas nenhuma proposta. É importante que surja algo bom para todos, clube e jogador.
Enquanto ela não vem, Pikachu trabalha. Desde 2018 que é o jogador que mais atua pelo Vasco — esteve em campo em 88% dos jogos possíveis de lá para cá.
Contra o Sport, pode atuar na ponta direita, uma vez que as chances de Vinícius se recuperar do problema muscular são pequenas. Caso Pikachu seja adiantado, Cláudio Winck deve jogar na lateral.