A visita que serviria apenas para alegrar o Natal da criançada do Instituto Nacional de Câncer, preencheu a alma de um carismático jogador vascaíno. Vestido de Papai Noel, Carlos Alberto esteve em todas as alas do hospital distribuindo dezenas de presentes que ele mesmo fez questão de comprar. Em troca, ganhava sorrisos e abraços espontâneos daqueles que lutam por dias melhores.
Mais empolgado do que qualquer um dos quase 50 pacientes que visitou durante três horas, Carlos Alberto fazia questão de conversar com cada criança, ouvir as histórias dos pais, e ainda brincava com o seu belo disfarce.
Sabe quem sou?, indagou. Claro que sei, você é o Carlos Alberto. Sei pelas trancinhas dos cabelos, disparou o esperto Patrick, de 12 anos, que nem mesmo a dificuldade na fala, debilitada pelo câncer, impossibilitou o menino de sorrir e bater bola com o capitão nos corredores do hospital.
Essas crianças são exemplos de superação, saio daqui renovado. Como ser humano, fico feliz de poder fazer alguma coisa, comentou Carlos Alberto, que revelou ter realizado um sonho antigo: vestir-se como o Bom Velhinho.
Pai do pequeno Edson Junior, de 3 anos, o vascaíno de Aracaju Edson Santos ficou feliz com a visita do Papai Noel.
Foi muito bacana da parte dele vir aqui. Estimula as crianças a continuarem a luta, desabafou o pai, que está há dois meses com o filho na UTI.
Ao deixar o hospital com o coração apertado, como ele definiu, Carlos Alberto só quis agradecer: Dou graças a Deus que Ele me dá problemas que posso resolver. Casos como estes só dependem de Deus, não tem o que fazer. É só ter fé.