Futebol

Para engrenar, Jhon Cley abraça nova função no Vasco

Uma das esperanças da base do Vasco nos últimos tempos, Jhon Cley vive momento decisivo de afirmação. Aos 20 anos, já deixou para trás ansiedade da estreia, retorno aos juniores, crises no clube, rebaixamento e ganhou maturidade para se adaptar física e taticamente ao ritmo da equipe. Sem espaço em sua posição original, deixou a armação e virou segundo volante com Adilson Batista. O turbilhão de emoções também o afetou fora de campo com o nascimento do primeiro filho, que o encheu de orgulho e responsabilidade para não desperdiçar a chance.

Eleito melhor jogador da Taça BH de 2013, quando foi capitão e camisa 10, a promessa quer provar que a impressão que o torcedor teve nas 25 partidas que disputou com quatro técnicos diferentes estão longe de representar seu real potencial. E não contesta a nova função.

- Estou me sentindo bem hoje. Houve a volta para os juniores, assimilei, graças a Deus sobressaí com o grupo e estou me firmando no profissional novamente com mais a dar. Sempre joguei no meio de campo como armador, mas fui utilizado na ponta ou quase como atacante e não tive ainda chance de atuar na minha posição, a não ser contra o Flamengo, em Brasília. O Adilson está me testando como volante e vou tentar uma sequência. Se precisar de mim aberto ou aonde for no setor, vou ter que jogar. Garoto novo que sobe aceita qualquer oportunidade - afirmou.

Com boa saída de bola e visão de jogo, a aposta é que Jhon Cley renda como primeiro reserva de Pedro Ken e Fabrício, onde surgiu a vaga com as saídas de Danilo, vendido ao Braga e Fellipe Bastos, emprestado ao Grêmio. Ele não entrou em campo na temporada e tenta controlar a ansiedade depois de a geração despontar como Luan como titular, Yago e Marquinhos em evidência e o amigo Marlone ter sido vendido para o Cruzeiro após se destacar. Outros tantos, porém, foram liberados para clubes menores e não devem mais retornar.

- Fica mais fácil para a gente, porque antes eu era um dos únicos novatos. Só o Dieyson estava no profissional quando começamos a subir e ficávamos afastados de todos. Atrapalhou um pouco. Agora é melhor para se enturmar - ressaltou.

Natural de Brasília, o meia tem a família ao lado no Rio de Janeiro desde o ano passado e já conta com um herdeiro, nascido em maio. O nome João Pedro, escolhido por Luana, sua mulher há um ano, foi uma alternativa à proibição de ser batizado de Jhon Cley Júnior, sua vontade.

- A alegria no parto foi muito grande. A vida muda na hora, a responsabilidade é grande. Quis colocar meu nome, mas ela não deixou (risos) - brincou.

A importância de João Pedro na vida do meia foi gravada na pele com uma tatuagem.

Fonte: ge
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