Entre tantos problemas financeiros que assolam o Vasco da Gama, o clube carioca tem de lidar com uma ação ajuizada pela Mazars Auditores Independentes, empresa contratada para organizar o RH do cruzmaltino e tentar recuperar créditos para a agremiação. Antes de ser processado, inclusive, o time ofereceu espaço na camisa, ingressos e placas em São Januário.
Em setembro de 2019, o Vasco apresentou duas propostas para quitar o débito, uma no valor de R$ 150 mil e outra com débito de R$ 250 mil. Nelas, o clube oferecia até dois jogos com a marca da Mazars na camisa do Vasco, localizado no ombro, mais ingressos para jogos em São Januário, placas no Centro de Treinamento do clube e no estádio, e postagem nas redes sociais.
A empresa, porém, rejeitou a proposta e acionou o Vasco, cobrando os valores não pagos pelos serviços prestados.
Em sua defesa, o Vasco alegou que o diretor que assinou o contrato não teria poderes para tal e, assim, o contrato não teria validade. Pediu a anulação da sentença, o que foi negado. A Justiça determinou que o clube pagasse 290 mil, mais juros, correção monetária e 10% de verba de sucumbência.
O contrato entre as partes foi firmado em novembro de 2018, com duração mínima de 24 meses. O acerto previa que o Vasco pagaria pelo serviço R$ 38,8 mil por mês. No entanto, segundo a Mazars, o clube parou de efetuar os pagamentos em março de 2019.
Na ação, o cruzmaltino expõe seus problemas financeiros ao pedir para parcelar as custas processuais e ao afirmar que tem uma dívida na casa dos R$ 830 milhões. Só no ano de 2020, os débitos cresceram R$ 84 milhões. Procurado pela reportagem, o Vasco afirmou que "não comenta processos em andamento".