A temporada acabou e o Vasco inicia os movimentos no mercado atrás de reforços com uma palavra de ordem: cautela. Inicialmente, a disputa da Libertadores do ano que vem não tem sido tratada como motivo suficiente para a diretoria fugir do orçamento - curto, até o momento - para a montagem do elenco de 2018.
A indefinição quanto à fase em que iniciará a Libertadores do ano que vem também tem influência na forma como o clube realizará as contratações. Somente semana que vem que o Vasco saberá se terá de disputar a segunda fase da competição ou se poderá entrar diretamente na fase de grupos. O orçamento à disposição será diferente em cada um dos casos e afetará o poder de negociação da diretoria.
Além disso, o Vasco espera a definição do futuro de Luis Fabiano. O clube conta com o atacante, mas ainda não está seguro de que ele permanecerá jogando por causa dos seguidos problemas clínicos e físicos que apresentou em 2017. Caso ele decida por se aposentar ou rescindir com o Cruz-maltino, o salário do atacante - cerca de R$ 150 mil mais produtividade - será deslocado para a contratação de um reforço de maior peso.
Em meio à ansiedade de torcedores por reforços, na última quarta-feira, o clube emitiu nota oficial em seu site para avisar que a situação financeira em São Januário ainda é preocupante. Na reta final da temporada os atrasos de salários foram recorrentes e a diretoria tem encontrado dificuldades para criar novas fontes de receita. Por isso, a preocupação em dar tiros certeiros no mercado.
Com poucos recursos, a parceria com o empresário Carlos Leite deve seguir importante para o Vasco montar seu elenco. Este ano, dos 14 reforços que chegaram, seis são representados por ele e todos vieram a custo zero: Anderson Martins e Ramon, livres, e Kelvin, Bruno Paulista, Breno e Lucas Rocha, emprestados.