Futebol

Paulinho diz que sua mãe queria chamá-lo de Edmundo

Atacante da seleção olímpica conta trajetória desde o futsal no Madureira até primeiros passos no clube de São Januário. Ele também fala de religião e orientação política. 

Jogador da seleção masculina olímpica de futebol, o atacante Paulinho inicia no banco a olimpíada de Tóquio na próxima quinta-feira, contra a Alemanha, às 8h30, no estádio de Yokohama. Parado por um ano com grave lesão no joelho, o carioca da Vila da Penha, atual jogador do Bayer Leverkusen, contou a trajetória em depoimento ao site "The Players Tribune".

Ele lembrou o início no futsal do Madureira, os primeiros passos no Vasco e revelou história curiosa. A mãe, vascaína fanática, queria chamá-lo de Edmundo. E tem explicação: o irmão se chama Romário, que na época tinha passagem pelo Flamengo, o que a deixara de "birra", como contou o jogador.

- Ela é vascaína fanática! Como o Romário tinha jogado no Flamengo, esse nome não estava nem de longe entre os seus preferidos para batizar um filho. Ela ficou bolada, passou um mês sem falar com meu pai por causa disso. Mas ele teve a chance de se redimir um ano depois. Quando ela engravidou de mim, resolveu dar o troco. Só de birra, decidiu que eu me chamaria EDMUNDO, em homenagem a um dos maiores ídolos do Vasco. No ano em que eu nasci, Romário e Edmundo jogavam juntos no clube. Daria uma bela dupla de irmãos, certo? - narrou Paulinho.

Mas quando voltou do cartório, a mãe descobriu que se chamaria Paulo Henrique, mesmo nome do pai. Mas Paulinho ficou conhecido no bairro como Edmundo, o irmão do... Romário.

Revelado em São Januário, depois do início no salão do Madureira, Paulinho se formou no Colégio Vasco da Gama e valoriza tudo o que passou no clube de São Januário. Contou que recebeu conselhos do goleiro uruguaio Martín Silva no início e que nunca admitiu que criticassem o clube na sua frente.

- Na época de seleção de base, a galera pegava no meu pé porque o clube estava na segunda divisão. E eu comprava briga, sempre. Não aceito que ninguém fale mal do Vasco na minha frente. A história do clube é muito bonita, precisa ser respeitada - disse Paulinho, que considera o colégio do Vasco "um capítulo à parte".

"Nunca foi sorte, sempre foi Exu"

Recentemente, em entrevista ao ge, Paulinho falou de religião e se mostrou crítico ao governo Bolsonaro, como já manifestou nas redes sociais. No depoimento, ele lembrou que a família tem ligação forte com o candomblé e a umbanda e que "tem muito orgulho da religião", que considera filosofia de vida.

- Cultuar essa filosofia me traz muita energia boa, muito axé. Como assentado e praticante, vou ao meu pai de santo sempre que estou no Brasil e peço proteção aos orixás, principalmente ao meu Pai Oxóssi e à minha Mãe Iemanjá. Exu é o caminho. Procuro saudá-lo antes de cada obrigação, de cada partida. Laroyé!

O jogador disse que resolveu mostrar suas expressões políticas em virtude do que se passa no país em momento de pandemia. Com voz ouvida por milhares de pessoas nas redes sociais, se posicionou e manteve pé firme no tema.

- O que defendo, como uma pessoa que tem voz, é que eu não posso me dar o direito de permanecer calado. De não me posicionar diante de preconceitos e negligências. Se sou crítico do atual Governo, é porque eu confio na ciência. Todo mundo enxerga o que se passa durante esse um ano e meio de pandemia, todo o descaso com a saúde. Mesmo vivendo em outro continente, tenho pessoas queridas que moram no Brasil. Elas precisam de segurança, de amparo, de vacinas - manifestou-se ao "The Players Tribune".

Fonte: Globo Esporte
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