A aposentadoria de Edmundo nem mesmo chegou a durar 24 horas. Nesta sexta-feira pela manhã, o Animal, careca, estava de volta à Colina e evitou a imprensa. Confirmação, mesmo, só a de que ele não estará em campo neste domingo contra o Grêmio. Mas o clube ainda amortiza o impacto da reação de Edmundo após a eliminação na Copa do Brasil. Tanto que a diretoria já procurou auxílio para ajudá-lo diante da situação.
Segundo uma fonte do clube, Paulo Angioni, o superintendente de futebol, foi designado a tocar a recuperação emocional do atacante depois de sua reação após a perda do pênalti contra o Sport. Paulo tem formação em psicologia e bom relacionamento com o jogador desde o início da carreira do Animal.
O temor é que Edmundo demore a se recuperar do desgaste emocional a que foi submetido e, com isso, suas atuações em campo sejam prejudicadas. O primeiro passo foi dado com a desistência de Edmundo de abandonar a carreira e continuar no clube até o final de seu contrato, em janeiro de 2009. Embora não admita publicamente ser o responsável por ajudar Edmundo, Angioni confessou ter conversado um pouco com o jogador ontem.
– Falei com ele brevemente. Para mim, não foi surpresa (a reação). Conhecendo Edmundo como conheço, imaginava o quanto ele sofria com a situação. Cortar o cabelo foi a maior demonstração de tristeza dele. Mas ele teve o apoio de todos no clube e vai continuar nos ajudando – disse Angioni à Rádio Brasil.
Já para a psicóloga Suzy Fleury, que trabalhou com Edmundo nos anos 90 no Palmeiras e mais recentemente no Figueirense, o fato de Edmundo ter voltado ao clube no dia seguinte já é um sinal claro de recuperação do atacante.
– A partir do momento que ele começa a reavaliar suas decisões, ele divide o peso com o grupo – analisa Suzy Fleury.